Os preços de aços planos para as distribuidoras continuam com tendência de alta. De acordo com o Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda), somente este ano até maio, os valores já foram reajustados entre 50% e 52% e não estão descartados novos reajustes entre junho e julho, que podem variar entre 5% e 10%.Somente neste mês, as usinas implementaram reajustes entre 10% e 18% no valor do produto. A oferta de aço segue limitada e a tendência é de que os estoques fiquem mais moderados que o tradicional, em torno de 2,1 meses, devido ao alto custo do produto. Em coletiva realizada ontem, o presidente do Inda, Carlos Loureiro, explicou que algumas usinas já estão estudando novos reajustes para o aço, o que vem sendo impulsionado pelo aumento dos preços no mercado externo. “Algumas usinas já estão falando sobre novos aumentos, como a CSN, que fala em um reajuste entre 5% e 10% e que poderia ser dividido entre junho e julho. As demais estão estudando o assunto”.
Ainda segundo Loureiro, somente em maio, os preços de aços planos vendidos aos distribuidores aumentaram entre 10% e 18%, elevando o reajuste no ano para 50% a 52%. “Com todos os aumentos, os distribuidores já estão encontrando dificuldades em repassar as altas para os clientes”, explicou.Mesmo com os preços em alta, as vendas são crescentes. De acordo com o levantamento do Inda, em abril, as vendas de aços planos registraram avanço de 5,4% quando comparado a março, atingindo o montante de 343,1 mil toneladas contra 325,4 mil. Em comparação com o mesmo mês do ano passado, quando foram vendidas 166 mil toneladas, a alta foi de 106,7%.
“Tivemos um abril muito bom, com as vendas superando o desempenho de março em 5,4%. Em relação a abril de 2020, tivemos uma alta de 106%, mas não é uma boa referência pelo período do ano passado ter sido o da crise provocada pela pandemia de Covid-19”.
Com o incremento nas vendas de abril, no acumulado do ano, o setor registrou um crescimento de 31,2%, com a venda de 1,3 milhão de toneladas. Já nos últimos 12 meses, o aumento na comercialização é de 21,4% e 3,9 milhões de toneladas.
“O resultado de abril impulsionou o crescimento do primeiro quadrimestre, uma vez que as vendas em abril do ano passado foram muito ruins. A tendência é que esta alta caia e devemos fechar o ano com incremento de 8% nas vendas”, disse Loureiro.
Em relação às compras, em abril foi registrada alta de 1,5% frente a março, com volume total de 345,1 mil toneladas contra 340,1 mil. Na comparação com abril do ano passado, quando foram compradas 179,1 mil toneladas, o crescimento foi de 92,7%.
Fonte: Diário do Comércio