O custo de armazenagem é fundamental para o equilíbrio entre demanda e oferta de produtos. Esse é o maior desafio: manter o equilíbrio nas empresas, como também, determinar qual o ponto em que o estoque está tornando as entregas mais ágeis sem causar perdas devido à armazenagem prolongada.
Para conseguir alcançar esse ponto, os gestores devem ter em mente os fatores que afetam os custos da armazenagem.
Principais fatores que afetam o custo de armazenagem
Para saber mais sobre isso, nada melhor que citar dois autores que são referência neste assunto, Bowersox e Closs.
Em seu livro, Logística Empresarial: O processo de Integração da Cadeia de Suprimentos, eles definem três fatores principais onde podem ser alocadas as fontes e variáveis que influenciam o custo de armazenagem. Vejamos quais são eles:
Tecnologias de manuseio
São todos os métodos e tecnologias que se referem à eficácia das operações na movimentação das cargas.
Muitas vezes, a variedade de produtos é grande em alguns armazéns. Para manter tudo em ordem e permitir uma coleta ou estocagem rápidas de material devem ser instalados sistemas automatizados.
Estes sistemas que permitem uma armazenagem dinâmica também tornam desnecessária a localização fixa de produtos, pois a informação além de estar toda cadastrada, ainda é controlada por computadores.
É fundamental que empresas que seguem a tendência atual de e-commerce estejam aptas a inserir sistemas automatizados em seus armazéns.
Plano de armazenagem
Alguns elementos que devem ser levados em consideração na hora de arquitetar um plano de armazenagem, ou seja, a ordem que os produtos são guardados. Eles são: peso, volume de material, giro e acondicionamento dos produtos.
Alguns materiais necessitam ambientes com atmosfera controlada (perecíveis, por exemplo) ou ainda medidas de segurança e monitoramento em tempo real, como inflamáveis.
A fim de tornar os processos mais ágeis, empresas atualmente tem prestado mais atenção no tamanho da embalagem. O volume gerado pelo produto empacotado que não apenas aumenta a área física de estocagem como também a necessidade de uma quantidade maior de fretes e movimentação dentro dos armazéns.
Cabe a regra geral: quanto menor o espaço ocupado pelo produto, menor o custo unitário de ocupação. Também é necessário mencionar que o cálculo final dos custos deve ser preciso, pois envolve o aluguel de um pavilhão ou terreno, que não pode ser alterado repentinamente.
Critérios de projeto
A fim de englobar todas as necessidades mencionadas anteriormente, é fundamental que a empresa se preocupe com o layout do seu armazém. Um layout ideal tem as seguintes características:
- Assegura a máxima utilização do espaço.
- Facilita a movimentação eficiente de carga (função do volume de carga expedida).
- Estocagem econômica relacionada a despesas de equipamento, espaço e pessoal.
- Flexibilidade para se adaptar a mudanças.
Quanto mais rápido o giro de produtos, menor será seu custo unitário de ocupação. Um grande problema ocorre quando há picos de demanda e o armazém e suas funções de logística foram projetadas apenas para atender esse pico. Isso causa ociosidade no sistema, causando prejuízo.
Por que investir em armazenagem e logística?
Com as margens de lucros cada vez mais apertadas, os custos de armazenagem e logística não podem ser passados ao consumidor a menos que seja realmente necessário. Isso faz com que as empresas repensem seus métodos de forma a deixá-los mais eficientes.
Enquanto que as empresas conseguem resolver os problemas relacionados aos três fatores mencionados anteriormente, investir também em logística pode se tornar muito caro.
A sugestão é terceirizar esse serviço e focar mais no armazém e automação interna. Ao realizar essa terceirização, a empresa diminui os custos com transporte (não necessita de frota própria), acelera o tráfego de produtos (empresas terceirizadas se preocupam apenas com a logística) e aumentam o alcance de distribuição de seu negócio.
Fonte: osmarvincifilho